terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Papas que renunciaram antes do Papa Bento XVI




Segunda, 11 de fevereiro de 2013 16:13

 

 


Papa Ponciano
 
1ª Renúncia: Papa Ponciano. Acredita-se que ocorreu em 235 dC quando este estava em exílio na Sardenha e percebeu que jamais seria solto para voltar ao Vaticano.

Papa Silvério
Outra caso: Papa Silvério também abdicou da Cátedra de Pedro em 537 dC ao ser obrigado pela imperatriz Teodora a se exilar na ilha de Palmaria, também no Mediterrâneo. Quando conseguiu voltar ao Vaticano, a imperatriz já havia colocado outro pontífice em seu lugar, o papa Virgílio. 


Papa João XVIII
Em 1009: Papa João XVIII abdicou pouco antes de sua morte para viver como monge na basílica de São Paulo, em Roma. 

Papa Bento IX
Em 1045: Papa Bento IX acredita-se que foi para beneficiar seu padrinho, João Graciano, que veio a se tornar o papa Gregório VI mas Bento IX foi reempossado dois anos depois.

Papa Celestino V
 
Em 1234: Papa Celestino V fez sua renúncia porque as obrigações da função não lhe permitiam a vida de eremita que almejava.
 
 
Papa Gregório XII

O último papa a renunciar antes de Bento XVI:  Papa Gregório XII em 1415 aos 90 anos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Bento XVI anuncia a decisão de deixar o cargo. Sede vacante a partir de 28 de fevereiro. Eleição do novo Papa em março

 
Eis as palavras com que Bento XVI anunciou a sua decisão:
Caríssimos Irmãos,convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.
Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

UM BRASIL FERIDO


Cidade do Vaticano (RV) –   A semana que passou, para quem trabalha no mundo da informação, foi muito intensa e certamente cheia de emoção e comoção. Certamente, todos os dias temos notícias de mortes, de atentados, de vidas ceifadas em guerras fratricidas, mas quando uma notícia cai no nosso computador ou a recebemos pela televisão ou rádio e fala da morte de mais de 230 jovens, de uma só vez, e num lugar que deveria ser só alegria, então choca, provoca comoção e nos faz pensar. Toda a nação brasileira ficou afetada pelo incêndio ocorrido na cidade de Santa Maria (RS) e que lançou o luto não somente sobre esta cidade universitária, mas sobre todo o Brasil e por que não dizer sobre o mundo inteiro. Com o luto brota a dor, a dor das famílias que perderam seus entes queridos na flor da idade, a dor dos amigos, dos conhecidos e dos desconhecidos. 
A solidariedade tomou conta dos meios de comunicação do país e não só do nosso país. A tragédia foi primeira página em muitos jornais e televisões de meio mundo. Foi uma mobilização em massa. O Papa Bento XVI enviou um telegrama exprimindo a sua tristeza pela morte de tantos jovens.Muitos se interrogam: como foi possível isso acontecer? Aí as respostas, os comportamentos variam muito. Acessei a rede social para ver como os jovens reagiram a esse fato. As reações foram as mais diversas possíveis: da ansiedade ao medo; da indignação à resignação; da raiva ao amor; da infinita tristeza à compaixão. Alguns praguejaram contra as autoridades, outros até mesmo contra Deus. “Como Deus pode permitir uma coisa dessas?”. 
Ao mesmo tempo lendo opiniões e frases dos internautas, pude notar também a grande solidariedade e afeto que todos queriam transmitir aos familiares das vítimas, sentindo-se também eles, de qualquer modo, parte dessas famílias. A corrente de oração que brotou em todas as partes do Brasil e fora dele, nos leva a pensar mais uma vez que em momentos como este, a única âncora de salvação é aquela do mesmo Deus que muitos se interrogam pelo seu silêncio. Um Deus que não está escondido mas sim ao lado dos que sofrem. A outra pergunta a ser feita, e muitos a fizeram, é o “que Deus quer dizer com isso, com o que aconteceu”. Se respondermos na ótica de quem acredita, podemos dizer que Deus quer que cuidemos da nossa juventude, para que ela cresça, viva e se torne o futuro do nosso mundo. Uma juventude muitas vezes violentada nos seus direitos “de ser jovem”, aniquilada pela violência, pela droga, por um futuro que não se descortina.Que este trágico acontecimento de Santa Maria leve a nossa sociedade, mas também a nossa Igreja, os nossos movimentos a não somente fazerem perguntas sobre a nossa juventude, mas sim a produzir respostas que defendam a vida dos nossos jovens, colocando-os como protagonistas do 
presente. Neste ano, a Igreja Católica no Brasil dedica a sua Campanha da Fraternidade ao tema da juventude, no ano em que teremos a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. 
Certamente é um momento que deve ser aproveitado por todos, católicos e não católicos, para caminhar ainda mais ao lado da nossa juventude, num período da vida que deve ser de alegria, de descobertas, de sonhos, e não de tristezas e incertezas. Os jovens de Santa Maria vão ficar nos nossos corações e nas nossas orações como filhos de um Brasil ferido que deseja celebrar a vida e jamais a morte. (Silvonei José)